20 anos de protagonismo e processos de construção coletiva da Educação do Campo em Alagoas
DOI :
https://doi.org/10.48178/intersecao.v1i1.218Résumé
RESUMO
O presente artigo estabelece um breve panorama dos 20 anos de protagonismo e processos de construção coletiva dos sujeitos que fazem a Educação do Campo de Alagoas. Parte da constituição do campo teórico-conceitual e prático da Educação do Campo, destacando alguns dos principais elementos dessa história, a partir do contexto brasileiro e em articulação com a realidade da Educação do Campo em Alagoas. Buscou-se identificar avanços, desafios e perspectivas para a/da Educação do Campo, desde o momento inicial de sua elaboração, cujo protagonismo esteve com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra/MST; incorporando as experiências e tessituras da Educação Contextualizada com o Semiárido e o Agreste, em articulação com a constituição do Marco Normativo da Educação do Campo. Ressalta-se que, Alagoas teve uma importante conquista junto ao Conselho Estadual de Educação no processo coletivo de construção do Parecer nº 314/2014 e Resolução nº 40/2014 CEE/AL. Ação, esta, desenvolvida com os movimentos sociais campesinos e educadores do campo do Estado e protagonizada pelo Fórum Estadual Permanente de Educação do Campo de Alagoas/AL. A retomada dessa trajetória da Educação do Campo nas duas últimas décadas permite verificar a importância do referido Marco Normativo como ferramenta de defesa da Educação enquanto direito dos sujeitos do campo, em sua diversidade, o que exige pensar não apenas em mais educação no campo, mas em “modelos” educativos que partam do próprio campo e dos seus sujeitos como referências para pensar um projeto de sociedade e de educação, comprometido com a emancipação humana e com a justiça social. Esta retrospectiva possibilita reconhecer os avanços alcançados pela Educação do Campo, e identificar os desafios a enfrentar, para que o direito à educação dos povos do campo se efetive plenamente.
Palavras-chave: Educação Contextualizada. Políticas Públicas. Movimentos Sociais do Campo.
ABSTRACT
This article establishes a brief overview of the 20 years of protagonism and processes of collective construction of the subjects who make Education in the Field of Alagoas. It starts from the constitution of the theoretical-conceptual and practical field of Rural Education, highlighting some of the main elements of this history, from the Brazilian context and in articulation with the reality of Rural Education in Alagoas. We sought to identify advances, challenges and perspectives for/from Rural Education, from the initial moment of its elaboration, whose protagonism was with the Movement of Landless Rural Workers/MST; incorporating the experiences and fabrications of Contextualized Education with the Semi-Arid and the Agreste, in conjunction with the constitution of the Normative Framework for Rural Education. It is noteworthy that, Alagoas had an important achievement with the State Education Council in the collective process of construction of Opinion nº 314/2014 and Resolution nº 40/2014 CEE/AL. This action, developed with the peasant social movements and educators in the State field and led by the Permanent State Forum of Education in the Field of Alagoas/AL. The reconstruction of this trajectory of Rural Education in the last two decades allows us to verify the importance of the aforementioned Normative Framework as a tool for the defense of Education as a right of subjects in the field, in its diversity, which requires thinking not only about more education in the field, but in educational “models” that start from the field itself and from its subjects as references for thinking about a project of society and education, committed to human emancipation and social justice. This retrospective makes it possible to recognize the advances achieved by Rural Education, and to identify the challenges to be faced, so that the right to education of the peoples of the countryside is fully effective.
Keywords: Contextualized Education. Public policy. Rural Social Movements.
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(c) Tous droits réservés Ana Maria Vergne de Morais Oliveira, André de Souza Teixeira, José Raildo Vicente Ferreira, Sara Jane Cerqueira Bezerra 2020
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