V. 3 N. 1 (2024): (Re)existências indígenas no Brasil Republicano
Diferentes populações indígenas compõem um amplo mosaico cultural distribuído em múltiplos territórios localizados nos estados brasileiros. A formação histórica dos grupos étnicos no Nordeste, marcada sobretudo por violências e silenciamentos desde os contatos iniciais com colonizadores ainda no século XVI, esteve associada a processos de resistências e ressignificações, ampliando, principalmente nos séculos XX e XXI, conexões históricas e políticas entre indígenas (re)existentes em vários contextos situacionais no Brasil contemporâneo. Desse modo, este Dossiê socializa (re)existências indígenas nas experiências republicanas brasileiras, estas iniciadas nos conturbados movimentos políticos na transição para o século XX e posteriormente interrompidas por autoritarismos sucessivos até a redemocratização simbolizada na Constituição de 1988. Portanto, temáticas recorrentes em discussões como violências, decolonialidade, resistências, educação escolar, silenciamentos, redes de relações, mobilizações, direitos, territórios, saúde e outras semelhantes se encontram distribuídas nos trabalhos publicados, promovendo, através da Revista de Estudos Indígenas de Alagoas – Campiô, um âmbito científico de difusão de pesquisas realizadas em diferentes campos das Ciências Humanas e Sociais, sensíveis a populações historicamente marginalizadas, mas resistentes e, atualmente, protagonistas.
Michelle Reis de Macedo (UFAL)
Pedro Abelardo de Santana (UFAL)
Vinícius Alves de Mendonça (SEDUC/AL)