Corpos travestis da literatura: Olhares entre identidade, questões de gênero e alteridade
DOI:
https://doi.org/10.48179/revext.v5i1.199Palavras-chave:
Estudos Literários, Personagens, Sexualidade.Resumo
O presente trabalho reflete, a partir dos estudos literários e de gênero, sobre a construção identitária de três personagens. O primeiro é Orlando, de Virginia Woolf (2019), o outro anônimo, de Aretusa Von (2000) e o terceiro é nomeado Lina Lee, de Aguinaldo Silva (1977). Essas figuras trocam de sexo, passam a desempenhar papéis sociais diferentes dos de costume e enquanto refletem sobre ser “homem” e ser “mulher”, questionam a própria ideia de normatividade, evidenciando as dificuldades que decorrem da busca por um protótipo de sexualidade heteronormativo e a transgressão por meio da travestilidade. Foram necessárias leituras teóricas sobre o assunto para compor o estudo, tais como, Butler (2019); Preciado (2014); Beauvoir (1967); Foucault (1988); Bourdieu (2002). Com o decorrer da pesquisa, percebeu-se que as performances de gênero realizadas pelos sujeitos evocados nos textos revelam-se em uma multiplicidade de manifestações da identidade, apontando sob uma perspectiva de internalização de um padrão de sexualidade, assimilado na representação puramente biológica do corpo, mas que é, em verdade, uma falácia.
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