Dialógos intersemióticos entre Jorge de Lima e Murilo Mendes
DOI:
https://doi.org/10.48179/revext.v6i1.259Resumo
Este artigo é oriundo de um Projeto de Iniciação Científica, o qual promoveu uma exegese do livro de fotomontagens do escritor alagoano Jorge de Lima, intitulado A pintura em Pânico, produzido entre 1938 a 1940 e publicado em 1943. Abordando como o autor conseguiu extrair poesia dessa técnica vanguardista para o cenário cultural da época. Ademais, esta obra foi pouco estudada pela crítica literária e, por conseguinte, buscou-se investigar as fotomontagens, de modo a emergir leituras inovadoras sobre este corpus. Nesse sentido, a análise partiu da premissa do caráter dialógico da literatura, pois o livro enfatizado foi analisado de maneira comparativa, cuja discussão, alicerçada na Tradução Intersemiótica, verificou como a literatura é ressinificada no contato com outros sistemas semióticos (fotografia/pintura). Dessa forma, A pintura em pânico recupera o diálogo com outras obras e este contato se manifesta nas fotomontagens limianas, quando o poeta/artística constrói sua obra a partir de traduções/ metamorfoses do livro A poesia em pânico, de Murilo Mendes, trazendo para produção tanto o religioso, quanto o caos e o medo no plano onírico, estes oriundos do surrealismo. Portanto, esta pesquisa mostrou-se embasada nos postulados teóricos de Plaza (2003).
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