Revista de Estudos Indigenas de Alagoas - Campiô https://periodicosuneal.emnuvens.com.br/campio <p><strong><em>Campiô</em></strong> é a revista destinada a publicar e publicizar os resultados dos estudos e pesquisas sobre os povos indígenas, prioritariamente do Nordeste. Institucionalmente está vinculada ao Grupo de Pesquisas em História Indígena de Alagoas – GPHIAL, ao Núcleo de Estudos Indígenas de Palmeira dos Índios – NEIPI e ao Curso de Licenciatura Intercultural Indígena de Alagoas – CLIND, sediados na Universidade Estadual de Alagoas, <em>Campus </em>III – Palmeira dos Índios. A revista está estruturada em seções denominadas: Dossiê Temático, Artigos Livres, Resenha, Ensaio Fotográfico.</p> pt-BR <p>Os autores detém os direitos autorais sem restrições, devendo informar a publicação inicial nesta revista, em caso de nova publicação de algum trabalho.</p> campio@uneal.edu.br (Adelson) ivan.silva@uneal.edu.br (Ivan) Sat, 30 Dec 2023 15:31:14 -0300 OJS 3.3.0.8 http://blogs.law.harvard.edu/tech/rss 60 APRESENTAÇÃO: INFÂNCIAS E JUVENTUDES NO NORDESTE BRASILEIRO https://periodicosuneal.emnuvens.com.br/campio/article/view/546 <p>O presente dossiê ‘Infâncias e Juventudes Indígenas’ reune trabalhos multidisciplinares sobre as gerações mais novas de povos indígenas habitantes do Brasil. O dossiê é composto por contribuições de autoras e autores indígenas e não-indígenas, docentes e acadêmicos em formação. As etnias e localidades contempladas nos trabalhos são: Xukuru do Ororubá (Pesqueira e Poção-PE), Maxakali, Botocudo e Pataxó (Sul da Bahia), Fulni-ô (Águas Belas-PE), Karuazu, Katokinn e Jeripankó (Pariconha-AL).</p> Suzana Santos Libardi, Leônidas de Santana Marques Copyright (c) 2023 Suzana Santos Libardi, Leônidas de Santana Marques https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicosuneal.emnuvens.com.br/campio/article/view/546 Sat, 30 Dec 2023 00:00:00 -0300 INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA XUKURU DO ORORUBÁ: https://periodicosuneal.emnuvens.com.br/campio/article/view/456 <p>As reflexões apresentadas situam a infância e à adolescência indígena em uma perspectiva histórica, a partir das interrelações entre famílias, as experiências, expressões socioculturais, organizações, mobilizações e reivindicações por direitos pelos povos indígenas. Sobretudo os territórios demarcados garantindo um viver bem, no Nordeste do Brasil, uma das regiões mais antigas da colonização portuguesa no país. Observando a trajetória do menino Gercino Balbino da Silva nascido em 1924, na Aldeia Cana Brava, uma das muitas localidades na Serra do Ororubá (Pesqueira/PE), buscamos compreender a infância e à adolescência Xukuru do Ororubá. Na época as terras do antigo aldeamento no Semiárido, declarado extinto em fins do século XIX, estavam invadidas por fazendeiros, criadores de gado e donos de engenhos de açúcar nas áreas de brejos. Sem terras para viver e plantar, os pais de Gercino foram morar em outra localidade na Serra do Ororubá, com os avós do menino trabalhando “de alugado” para um fazendeiro local. Desde criança Gercino enfrentou uma vida difícil. Aos oito anos, com a família trabalhava no “cabo da enxada”, recebendo metade da diária paga a um adulto. Com o milho ainda verde o fazendeiro soltava o gado na plantação destruindo a roça. Desde criança acompanhando familiares participou do ritual do Toré anualmente realizado na Vila de Cimbres. E adolescente foi escolhido para suceder um indígena idoso, exercendo papel importante no ritual. Jovem migrou com parentes para trabalhar na lavoura canavieira, participou das mobilizações e conquista da demarcação do território indígena.</p> Edson Silva Copyright (c) 2023 Edson Silva https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicosuneal.emnuvens.com.br/campio/article/view/456 Sat, 30 Dec 2023 00:00:00 -0300 CRIANÇAS INDÍGENAS NO SUL DA PROVÍNCIA DA BAHIA OITOCENTISTA: https://periodicosuneal.emnuvens.com.br/campio/article/view/495 <p>A presente pesquisa tem como referência a tentativa de compor uma história das crianças indígenas no que é hoje o atual Extremo Sul Baiano, na composição de tramas complexas do que foi a vida de crianças indígenas no período Oitocentista do Sul da Província da Bahia, contribuindo no preenchimento de vácuos e lacunas nos estudos das crianças e infâncias nessa região. Assim, adotamos uma metodologia de análise documental de forma indiciária, constatando que a presença de crianças indígenas no que hoje é o atual Extremo Sul Baiano foi marcada de maneira intensa em processos de agenciamentos e resistências. As ausências e lacunas foram tomadas como problemáticas desse estudo, sendo encaminhadas com as seguintes questões norteadoras: Em que medida as ausências e as lacunas de estudos historiográficos sobre crianças indígenas têm contribuído na perpetuação de preconceitos e racismos no que hoje é o Extremo Sul Baiano? Como a construção de uma história das crianças indígenas podem contribuir com a construção de políticas públicas para as crianças e infâncias? O trabalho tem como objetivos: a) pesquisar a presença de crianças indígenas no período Oitocentista no Sul da Província da Bahia; b) analisar a circulação de crianças indígenas (kurukas) no período Oitocentista no que hoje é o Extremo Sul Baiano. Como caminho metodológico na elucidação das problemáticas e objetivos delimitados, o trabalho opera com a abordagem qualitativa, utilizando-se da análise documental, bem com uso de fotografias e outras imagens, operando com elementos da <em>etnoprintgrafia</em>.</p> Jilnete Silva Santos, Paulo de Tassio Borges da Silva Copyright (c) 2023 Jilnete Silva Santos, Paulo de Tassio Borges da Silva https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicosuneal.emnuvens.com.br/campio/article/view/495 Sat, 30 Dec 2023 00:00:00 -0300 APRENDIZAGENS E EXPERIÊNCIAS SOBRE SAÚDE INDÍGENA A PARTIR DA EXPERIÊNCIA DE TERRITORIALIZAÇÃO E DO OLHAR DE UMA RESIDENTE DE SAÚDE COLETIVA E AGROECOLOGIA NA ALDEIA FULNI-Ô DE ÁGUAS BELAS – PERNAMBUCO https://periodicosuneal.emnuvens.com.br/campio/article/view/487 <p>Este relato de experiência refere-se às demandas identificadas pela residência de Saúde coletiva com ênfase em agroecologia da Universidade de Pernambuco – Campus Garanhuns, para melhor atender às crianças e adolescentes da aldeia indígena Fulni-ô. Com ele pretendemos expor a realidade atual deste território, que é vivo e muda a cada segundo. Ele conta um pouco da história do município de Águas Belas, que se encontra no centro da aldeia indígena Fulni-ô, seus contextos, potencialidades e demandas atuais. A metodologia utilizada para a realização deste trabalho em campo foi a territorialização participativa, que consiste em visitar famílias nas comunidades, objetivando conhecer a realidade das pessoas, com diálogos sobre a situação de saúde local e direcionados para os aspectos sociodemográficos. Este processo foi feito com o apoio dos agentes indígenas de saúde do segmento novo Fulni-ô, como maneira de conhecer a realidade da aldeia. Os resultados observados como importantes enfoques para trazer melhorias e desta forma atender crianças e adolescentes Fulni-ô são principalmente a insegurança hídrica local, a necessidade de um plano político pedagógico específico para indígenas Fulni-ô nas escolas com alunos desta etnia matriculados e de atendimentos de saúde específicos também. Esperamos que com esta atualização (afinal o território é vivo e muda a cada instante) do contexto local, mais estudos possam surgir, e que ações de fortalecimento se somem às ações da nossa residência.</p> Marcela de Fátima Lemos Tavares, Horasa Maria Lima da Silva Andrade, Isnar Gomes Pontes Copyright (c) 2023 Marcela Tavares, Horasa, Isnar https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicosuneal.emnuvens.com.br/campio/article/view/487 Sat, 30 Dec 2023 00:00:00 -0300 FORMAÇÃO DE JOVENS DOCENTES NO CONTEXTO DE UMA LICENCIATURA INTERCULTURAL INDÍGENA https://periodicosuneal.emnuvens.com.br/campio/article/view/540 <p>Com o objetivo geral de refletir sobre a formação docente no contexto de um curso de licenciatura intercultural indígena, este artigo se insere no debate mais amplo sobre a importância da reflexão e da autorreflexão no contexto da formação de professores indígenas no Brasil. Como fonte primária, utilizamos os diários reflexivos e os relatórios de estágio supervisionado elaborados por duas estudantes da graduação em Geografia do polo Sertão do Curso de Licenciatura Intercultural Indígena da Universidade Estadual de Alagoas (CLIND/UNEAL). Além disso, discutimos teoricamente sobre a formação docente à luz do debate sobre reflexão e autorreflexão no contexto do estágio supervisionado. Em linhas gerais, avaliamos como pertinentes as pesquisas que colocam essas novas gerações de jovens docentes indígenas em formação para pensar sobre seu percurso formativo e sobre o desafio de ser professor nas escolas públicas brasileiras em geral, em especial no contexto da educação escolar indígena.</p> Erica Danieli de Lima Santos, Girlaine Gomes Oliveira, Leônidas de Santana Marques Copyright (c) 2023 Erica Danieli de Lima Santos, Girlaine Gomes Oliveira, Leônidas de Santana Marques https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicosuneal.emnuvens.com.br/campio/article/view/540 Sat, 30 Dec 2023 00:00:00 -0300 UMA PESQUISA REALIZADA NA FORMAÇÃO INTERCULTURAL PARA EDUCADORES INDÍGENAS https://periodicosuneal.emnuvens.com.br/campio/article/view/532 <p>O presente artigo apresenta parte da pesquisa desenvolvida como percurso acadêmico do primeiro autor, Indígena Pataxó do sul da Bahia, no âmbito do curso de Licenciatura em Formação Intercultural para Educadores Indígenas, com habilitação em Matemática. Relatamos sobre transformações vivenciadas na economia da aldeia indígena mãe Barra Velha, no território de Barra Velha, município de Porto Seguro, no sul da Bahia. Temos como objetivo discutir como aconteceu a pesquisa em tempos de distanciamento social, explicitando como as aprendizagens no curso de formação intercultural favorecem o desenvolver pesquisas nas comunidades indígenas, reconhecendo o protagonismo e autoria indígena. O artigo apresenta compreensões sobre as transformações da economia local durante a Pandemia da COVID-19 a partir de dados de entrevistas com quatro indígenas desta aldeia que atuavam nas principais atividades que geram renda para as famílias da comunidade. Para além das entrevistas, discutimos a introdução do <em>Google Forms</em> e utilizamos e analisamos as respostas ao questionário. A partir dos dados apresentados neste artigo, destaca-se a resiliência do povo Pataxó da aldeia Barra Velha na busca pela sobrevivência e fortalecimento de suas práticas culturais no tempo da Pandemia de COVID-19.</p> Rodrigo Braz da Conceição, Ilaine da Silva Campos, Genilson Soares de Santana Copyright (c) 2023 Rodrigo Braz da Conceição, Ilaine da Silva Campos, Genilson Soares de Santana https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicosuneal.emnuvens.com.br/campio/article/view/532 Sat, 30 Dec 2023 00:00:00 -0300 MEMÓRIAS DO TEMPO DE CRIANÇA https://periodicosuneal.emnuvens.com.br/campio/article/view/545 <p>Nasci em 1993 em um povoado chamado Sítio Serra do Engenho, que é uma das sete aldeias do povo Jeripankó. Eu sou indígena Jeripankó, nascida na Serra, natural da cidade de Pariconha, sertão do estado de Alagoas. Vivi minha infância em um dos povoados da aldeia, estudei sempre em escola pública, quando vim morar na cidade já tinha terminado o ensino médio. Nesse relato de experiência apresento minhas memórias de infância, relembrando as principais atividades que marcaram esse tempo de ser criança na aldeia.</p> Joseilma Gomes Lima Copyright (c) 2023 Joseilma Gomes Lima https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicosuneal.emnuvens.com.br/campio/article/view/545 Sat, 30 Dec 2023 00:00:00 -0300